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quarta-feira, 30 de março de 2016

Origens de algumas peças de roupas.

Resolvi trazer para vocês, a origem de algumas peças de roupas à pedido da minha frôzoca e ajudante de ideias aqui do blog, Edi <3 !
E vocês, já pararam para pensar as curiosidades que podem ter as origens das peças de roupas que vocês tem aí em casa? Acho que não né? Então, corre aqui comigo!



Origem das roupas:

Acho que para primeiramente preciso começar pelo começo né? (Até porque começar pelo fim fica um pouco complicado rsrs). Mas vou começar com a origem de tudo, a origem das roupas em um geral.



A Bíblia relaciona a origem do vestuário com o conceito do pecado, explicando que Adão e Eva reconheceram que estavam nus após comerem o fruto da árvore do Bem e do Mal, e por isso passaram a usar uma cinta feita com folhas de figueira. Nas regiões mais quentes da Terra os homens primitivos andavam nus porque não possuíam qualquer noção de pudor.

Dados como esses fizeram surgir a certeza de que foram as variações meteorológicas que impuseram ao homem de antigamente a necessidade de cobrir o corpo com alguma coisa.

Documentos da Idade da Pedra Polida evidenciam que o homem de então já usava um traje que consistiria numa proteção sumária igual à tanga ainda hoje utilizada por alguns povos selvagens, de peles de animais.

Calça jeans:



A história dos jeans inicia-se em Nimes, na França, onde o seu tecido foi fabricado pela primeira vez cerca do ano de 1792. Rapidamente começou a ser conhecido por “tecido de Nimes”, expressão que com o tempo foi abreviada para “Denim”.

Por ser um tecido robusto e durável, sem necessitar de grandes cuidados no seu uso, começou por ser utilizado essencialmente em roupas para trabalhos no campo e pelos marinheiros italianos que trabalhavam no porto de Génova.

Mais tarde chegou aos Estados Unidos, onde a sua introdução está recheada de curiosidades interessantes.

Na altura da corrida ao ouro na Califórnia, cerca de 1853, andava por aqueles lados um jovem judeu alemão, de nome Levi Strauss, que tinha começado por vender lona para as carroças dos mineiros e que, ao se aperceber que as roupas dos mineiros não eram adequadas para o desgaste que sofriam, levou um deles a um alfaiate e fez-lhe umas calças com o tecido que vendia para cobrir as carroças.

Inicialmente de cor marrom, as calças criadas por Levi Strauss rapidamente se tornaram um sucesso para os mineiros da Califórnia mas existia uma queixa recorrente: o tecido era pouco flexível.

Levi Strauss resolveu então procurar um tecido que fosse ao mesmo tempo resistente, durável, flexível e confortável de usar. E decidiu procurar esse tecido na Europa, continente mais desenvolvido à época, tendo encontrado e passado a usar o tal “tecido de Nimes”, feito de algodão sarjado.

O primeiro lote de calças da Levi Strauss tinha como código o número 501, que acabou por se tornar no modelo mais famoso e clássico da Levi Strauss. Devagarinho, com o passar dos anos, as calças jeans foram sendo melhoradas. Em 1860 foram acrescentados os botões de metal. Em 1886 começou-se a coser a etiqueta de couro no cós das calças. Já a cor azul índigo, tão popular nos jeans actuais, só começou a ser utilizada em 1890 e foi, nada mais, nada menos, que uma estratégia (bem conseguida) de tornar os jeans mais atraentes. Os bolsos traseiros apenas fizeram a sua aparição em 1910.

A popularidade mundial dos jeans apenas começou por volta da década de 30, através de filmes de sucesso que retratavam os famosos cowboys americanos. A Segunda Guerra Mundial popularizou a imagem de virilidade que o tecido Denim representava pois era utilizado nas fardas do exército americano.
Não é assim de estranhar que a expansão dos jeans na Europa se tenha dado após a Segunda Guerra Mundial. Após o final da guerra, as calças que tanto sucesso tinham tido com os mineiros americanos os jeans tornaram-se num tipo de moda que, contrariamente ao habitual, tinha nascido do povo até chegar aos estilistas e não criada pelos estilistas para o povo.

Permanece, no entanto, uma derradeira questão. Porque razão se chama “jeans” às calças criadas por Levi Strauss?

Como foi dito no início, o “tecido de Nimes” era utilizado na roupa dos marinheiros do Porto de Génova. Esses marinheiros genoveses tinham o costume de chamar “genes” às suas calças de trabalho. E quando pronunciavam a palavra “genes”, com o habitual sotaque italiano vincado, a expressão acabou por se transformar, com o tempo, em “jeans” e assim se espalhou pelo mundo.

Vestido de Noiva:



Ao longo da história, o vestido de noiva foi experimentando diversas formas, cores e feitios. Na Roma antiga, os vestidos de noiva eram um elemento central no ritual religioso e no Egito o branco era a cor base de quase todas as cerimonias. Na idade média, os bordados predominavam nos vestidos de casamento da nobreza. No entanto, foi a partir do século XIX que os vestidos de noiva ganharam significado e simbolismo.

O branco foi impulsionado pela Rainha Vitória como nova tendência, embora só se tenha popularizado a partir do século XX.
A tradição do vestido de noiva branco começou no século XIX quando a rainha Vitória escolheu um modelo de cetim branco debruado de flores de laranjeira. A tendência espalhou-se rapidamente pela nobreza e pelas mulheres de classe alta. No entanto, a maioria ainda preferia vestidos coloridos, que poderiam ser usados noutras ocasiões.

Somente na década de 20 o vestido de noiva passou a ter a conotação que conhecemos hoje e o branco passou a ser a cor padrão. Ironicamente, esse foi o período que as mulheres começaram a lutar por direitos iguais e a moda sofreu mudanças drásticas, mas a peça tornou-se símbolo da pureza e do ideal romântico do casamento. Durante décadas, os desfiles de alta-costura terminavam com apresentação de vestidos de noiva e este era sempre o ponto alto.

Saia:



Para entender a trajetória desta peça no tempo, é preciso definir saia como uma peça que tapa a parte inferior do corpo e que não possui divisão entre as pernas. Tendo como base esse conceito, torna-se difícil precisar com exatidão quando exatamente surgiu esta peça, mas estima-se que ela apareceu no período Mesolítico e era feita de pele de animais amarrada à cintura. Porém, o primeiro registro que se tem do uso da saia é uma escultura suméria que data de três mil anos A.C..

Além dos sumérios, outras civilizações também utilizaram a saia como forma de vestimenta tradicional, como o Antigo Egito e o Império Romano, em que a indumentária era usada tanto por homens quanto por mulheres. Mas foi apenas no século XII que a saia passou a figurar (quase) exclusivamente no guarda-roupa feminino, começando a ser utilizada com o corpete (ancestral do espartilho) em modelos com pregas que podiam ser compridas até os pés e/ou ter uma cauda. Iniciando-se uma diferenciação mais clara entre as vestes de homens e mulheres.

Já na metade de século XIV, período apontado por alguns historiados como início do movimento estético chamado moda, a vestimenta passa a ser utilizada como forma de diferenciação social. Neste mesmo período o espartilho entrou em cena e passou a ser utilizado pelas mulheres em composição com saias longas e em pregas. Já no século XVIII, a vestimenta passa a ser amplamente utilizada como forma de demonstrar riqueza e diferenciar os nobres dos plebeus.

No início do século XX a saia se transformou mais uma vez ficando menos volumosa

A saia passa por novas transformações ao final do século XIX, com o surgimento da Belle Époque, movimento no qual as mulheres utilizavam espartilhos apertados, crinolinas e armações para dar volume às saias. Paul Poiret encerra este período com a abolição do espartilho da moda no início do século XX. Nos anos 20, Coco Chanel apresentou modelos com comprimento até o meio das canelas, mais funcionais, sequinhas e fáceis de fazer os passos da dança da época. Com a vinda da Segunda Guerra Mundial a escassez de tecidos fez a peça ficar menos charmosa, mais simples e reta.

O glamour e a feminilidade retornaram no período após a guerra com a criação do New look por Christian Dior e as saias do tipo evasê e godê ficaram mais rodadas. Em 1960 a estilista Mary Quant apresentou pela primeira vez a minissaia, quebrando barreiras na época e popularizando o modelo. De lá para cá, a saia passou por inúmeras transformações, ganhando comprimentos, volumes e formas bastante variadas, tendo um modelo ideal para cada ocasião e gosto.

Cardigan:



Esta peça de roupa foi criada durante a primeira metade do século XIX, este nome é proveniente de um nobre general chamado James Thomas brudenell, 7 º Conde de Cardigan, que liderou a ação dos seiscentos soldados na batalha de Balaclava, durante a guerra da Crimeria.

A história associada com a origem desse traje tornou-se famosa e legendária. Parece que o general não tolerava o clima frio e para se proteger do rigoroso inverno ele usaria uma roupa protetora em lã vermelha (long johns - roupa padrão obrigatória as tropas britânicas naqueles tempos) por baixo de seu uniforme.

De acordo com as pesquisas, Cardigan costumava usar uma jaqueta de lã ornamentada com pele quando estava fora de serviço, como os outros oficiais do regimento. Com o passar do tempo, o famoso cardigan vermelho esquecido dos campos de batalha invadiram os campos de golf. Foi uma mulher, Coco Chanel que ressuscitou este traje estabelecendo, na ocasião, entre as mulheres, a volta desta peça com absoluto sucesso.

Colete:



A história do colete é bastante antiga. As primeiras menções à peça são da época das guerras da Roma Antiga. Feitos de ferro, os coletes eram usados como proteção para o corpo nas batalhas. Porém, esses não são registros históricos precisos. 

O primeiro registro oficial é por volta de 1660, onde se tornou uma peça obrigatória na indumentária dos nobres da corte do rei Charles II, na Inglaterra. Nessa época e até por volta de 1800, as peças eram confeccionadas em tecido brilhantes com bordados e brocados. 

No século XIX, os coletes foram se tornando mais sóbrios e passaram a ser feitos em tecidos lisos e com detalhes discretos. Nessa época, o colete tinha como papel destacar uma postura elegante e correta do homem. 

Com o passar do tempo, a peça foi se ajustando nas costas e mantendo o volume na parte superior, para destacar os ombros e os braços masculinos. Isso durou até por volta de 1940, quando os coletes foram cedendo lugar às jaquetas. 

Na década de 70, a peça voltou em versões mais descontraídas, com estampas e em tecido acetinado, com bastante brilho. Nos anos 80, a peça não teve destaque no cenário da moda, mas, nos anos 90 voltou e foi incorporado de vez no guarda roupa feminino. Uma das responsáveis por esse fenômeno foi a top Kate Moss.

Hoje, o colete ainda é uma peça tradicional no guarda roupa masculino, mas, são as mulheres que vem dando destaque à peça.

Terno e Gravata:



O terno surgiu na França, no século XVIII, o rei Luís XIV já usava; Era moda utilizar paletó, colete, camisa e calças feitos com diferentes tecidos, padrões e cores. O corte era largo, e o terno foi pensado como um vestuário de campo informal, conhecido como "roupa de descanso".

Como essas roupas também eram utilizadas para andar a cavalo, os alfaiates faziam uma fenda atrás no paletó - origem das aberturas encontradas nos ternos atuais. Apenas em 1860 todos os componentes de um terno passaram a ser confeccionados com o mesmo tecido. 
O povo francês gostou da inovação e a aprimorou: Em vez de usá-la aberta sobre o peito, amarrou-a em volta da gola

O termo gravata deriva do francês "cravate", que por sua vez é uma corruptela de "croat", em referência aos croatas, que primeiro apresentaram a indumentária à sociedade parisiense.

Imaginava-se que os romanos foram os pioneiros no uso da gravata, em que pode ser visualizada ao nível do pescoço uma peça semelhante à gravata conhecida como focale.

Acredita-se que este acessório tenha sido utilizado pelos oradores romanos com o objetivo de aquecer suas gargantas. Atribui-se a introdução da gravata aos mercenários croatas a serviço da França durante a guerra dos trinta anos. Os pedaços de tecidos, atados ao pescoço dos soldados com distintivos laços, teriam causado enorme alvoroço em toda a sociedade parisiense. Tal acessório era usado com distintivo militar pelos croatas, sendo de tecido rústico para os soldados e de algodão ou seda para os superiores.

Esses acontecimentos encontram-se no livro francês “La Grande Histoire de la Cravate”(Flamarion, Paris, 1994), conforme a seguinte passagem:

“Por volta do ano 1635, cerca de seis mil soldados e cavaleiros vieram a Paris para dar suporte ao rei Luis XIV e o Cardeal Richelieu. Entre eles, estava um grande número de mercenários croatas. O traje tradicional destes soldados despertou interesse por causa dos cachecóis incomuns e pitorescos enlaçados em seu pescoço. Os cachecóis eram feitos de vários tecidos, variando de material grosseiro para soldados comuns a seda e algodão para oficiais”. Os franceses, logo se encantaram com esse adereço elegante e desconhecido, que chamaram de cravat, que significa croata. O próprio rei Luis XIV ordenou que seu alfaiate particular criasse uma peça semelhante ao dos croatas e que a incorporasse aos trajes reais.

Rapidinha - 5 peças femininas que tiveram origem masculina:

  • Calça
  • Camisa
  • Terninho
  • Macacão ou Jardineira
  • Sapato oxford

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